2ª Cavalgada 2010 - Águas da Serra

Resumo da Cavalgada:

Destino: Estância Hidromineral Águas da Serra
Data: 15 de fevereiro de 2010
Distância: 25,5 km (ida e volta)
Tempo de Cavalgada: 8,5 horas com parada para descanso e lanche
Grau de dificuldade (1 a 5): 3
Ambientes: estrada de terra, floresta nativa, reflorestamento, canyons.
Atrativos: descida da estrada do Cerro, visual da Estância Águas da Serra.

Cavaleiros: Afrânio, Cisoca, Denise, Virgínia, Rita, Ângelo e Nilson.

Após o café da manhã servido no Rancho Ventania, a 2ª Cavalgada 2010 do Rancho Ventania partiu às 9:30 horas em uma comitiva de 7 cavaleiros dispostos a enfrentar mais uma aventura. O pequeno número de participantes facilitou a união e integração do grupo, resultando em uma cavalgada muito animada e descontraída. A melhor surpresa foi a participação da Cisoca que, montada na Shiva, só pretendia fazer um trecho da cavalgada, e retornar com o Afrânio. Mas ela foi se animando, animando, e foi indo. Com certeza as boas companhias deixou-a animada para seguir, chegando com honras e muito mérito ao destino da Cavalgada. Foi a sua primeira participação em uma cavalgada, e com certeza, não foi a última! O Afrânio também participou de nossa cavalgada pela primeira vez, mas ao contrário da Cisoca, ele já é um endurista experimentado. Também tivemos a primeira participação da Rita e do Ângelo, muito à vontade, tomando até chimarrão em cima do cavalo. Às 11:00 horas fizemos uma pequena parada, para esticar as pernas, e tomar uma água e refrigerante. A Cisoca reclamou que não tinha um “lanchinho”, pois a fome estava apertando. Não posso me esquecer do lanchinho dela nas próximas cavalgadas. Seguimos viagem pelas belas trilhas, sempre à sombra da exuberante mata nativa. Entramos em um trecho de reflorestamento com Pinheiro do Paraná, e às 12:15 horas chegamos à Estâcia Hidromineral Águas da Serra, onde a vista dos lagos impressionou a todos. O dia estava maravilhoso, céu azul, muito sol, temperatura agradável. Não podíamos esperar outra coisa, afinal, duas das três “mosqueteiras” que participaram da última cavalgada estavam presentes, e elas garantem que com elas não tem chuva!
Soltamos os cavalos em um piquete com pasto abundante, e nos dirigimos ao restaurante. Comidinha caseira e cerveja pra descontrair, e mais dois casais, companheiríssimos, se juntaram ao grupo: Marçal/Ielva e Alcione/Ruth, que vieram de S10. Depois de um bom papo no deck do restaurante, hora de preparar a volta. O Afrânio e a Cisoca aproveitaram a carona do Marçal, e voltaram de carro, afinal de contas, a Cisoca se superou, e merecia a carona. Na hora de pegar os cavalos no piquete, desabou um temporal de 40 minutos, era muita chuva, e eu e o Nilson corríamos de um lado para outro naquele infindável piquete, e nada dos cavalos deixarem a gente chegar perto. Mas a nossa teimosia foi maior, e quando conseguimos reunir a tropa, a chuva parou, e um sol maravilhoso apareceu. Retornamos pelo mesmo caminho da vinda, pois o Ângelo havia perdido a bomba do chimarrão no trecho. Na volta, a Denise a recuperou, pra felicidade do nosso amigo gaúcho. À 3 km do Rancho Ventania, um segundo temporal desabou sobre a comitiva, deixando todos encharcados. Mas ninguém se importou muito, pelo contrário, a Rita “pediu” a chuva pra Denise e pra Valéria, e todos “lavaram a alma”. Chegando ao Rancho, um banho quente aguardava a todos, e depois, ainda servimos um café com bolo, pra encerrar a cavalgada.

No dia seguinte à cavalgada, a Denise gentilmente enviou o seu relato da cavalgada, que segue abaixo:

Café da manhã delicioso e farto preparado pela Elvira que a Cisoca não aproveitou... E lá pelas tantas, a fome apertou, hora da parada estratégica na encosta para tomar água ou refrigerante sob as árvores.
Conversei com Sr Afranio sobre enduro e aplicação das técnicas de adestramento (dressage), a base do treinamento de cavalos para qualquer esporte ou atividade eqüestre. Comentei que até um camelo responde aos comandos de “mudança de pé ao galope”, sem chicotes ou esporas, apenas com sutis comandos corporais do cavaleiro (segue a “prova” um link do vídeo “camelo dressage” no youtube http://www.youtube.com/watch?v=CnsWQ4kNG-w ) e que as técnicas de equitação são universais.
Na Estância almoçamos no deck do restaurante. Nisto víamos as nuvens carregadas chegando... Cisoca completou o percurso até a Estância com distinção e louvor! Voltou de carro junto com Afranio. Ao buscar os cavalos no piquete, pancadas de chuva forte! Eu e Virgínia vestimos as capas e não nos molhamos. A tropa deu trabalho para o Ralf, Nilson e um Garotinho que ficaram encharcados enquanto eu, a Virgínia e a Rita, que adora chuva, ficamos abrigadas no chalé em frente ao piquete, assistindo da varanda “o baile dos cavalos”, e o Angelo foi tirar uma pestana lá dentro. Bastou reunir os cavalos para a chuva parar. Montamos e Virgínia e eu decidimos deixar as capas no carro por conta de nosso “pacto” com São Pedro!
Na ida para a Estância, o Angelo perdeu a bomba de chimarrão, o que para um gaucho , é como perder uma jóia de família. Na volta após aquela chuva torrencial que caiu depois do almoço, todos procurávamos a preciosa bomba. A frente o Nilson puxando o Molde e o aflito Angelo puxando a Shiva, tropeiros típicos, procuravam e observavam qualquer reflexo brilhante, e que eram muitos, com o sol batendo sobre as poças d’água e vegetação após a chuva. Eu atrás, vi a bendita limpinha e brilhante bem no meio do caminho! Ganhei “bônus” por isso! Direito a foto do Angelo e da Rita segurando a preciosidade registrando o feliz encontro!
Ditador perdeu duas ferraduras e na volta sentiu, desci para puxá-lo nas subidas mais íngremes e pedregosas. Paramos e o Nilson encilhou o Molde para que eu pudesse voltar montada enquanto o Angelo, Rita e Virgínia seguiram nos aguardando desmontados mais a frente. Nesta parada, Pandora escapou mas foi pega pelo Angelo e Rita!
Na volta o tempo estava muito agradável! Céu azul com brancas nuvens por quase todo percurso. Virgínia e eu nos vangloriando de não termos pego a chuva forte depois do almoço. Já passada a encosta, uma leve garoa quase imperceptível começou seguida por pancadas de chuva forte que a Rita encomendou! É claro, as capas no carro do Ralf. Ficamos encharcados, com mais de litro de água dentro das botas! Apertamos o passo e não há sensação melhor do que galopar sob a chuva! O Ralf preocupado nos encontrou no caminho de volta.
Chegamos ao Rancho sem chuva, encharcados e fomos recebidos pela Elvira, com um delicioso café bem quente acompanhado de torta para esquentar a alma enquanto aguardávamos o Ralf chegar com nossas coisas que estavam dentro do carro!
Uma cavalgada inesquecível com paisagens deslumbrantes, cavalos francos e pessoas maravilhosas!
Obrigada!